O limbo é uma região entre a esclera e a córnea, ou seja, entre a parte branca e a lente transparente da frente do olho. Ela é repleta de células-tronco responsáveis por gerar as células epiteliais que recobrem a córnea. Quando ocorre a deficiência das células limbares a córnea sofre com problemas de epitelização, causando ferimentos crônicos, opacidades e vascularização.
A Cirurgia de Transplante de Limbo depende de tecido doador para substituir o limbo perdido. Pode ser autólogo, quando se remove um fragmento do limbo do olho contralateral sadio da mesma pessoa. Também pode ser Alogenico, quando doado de outra pessoa, geralmente precisando de compatibilidade genética (Compatibilidade HLA).
Existem diversas técnicas para o transplante limbar, sendo o SLET (Simple Limbar Epithelial Transplantation) a técnica mais moderna. Nessa técnica utilizamos diversos pequenos fragmentos de limbo espalhados por toda a córnea associada com membrana amniótica. A vantagem é de precisar de menos tecido doador e uma ótima recuperação. Os casos de falência limbar sempre são complexos e podem necessitar de diversas cirurgias e imunossupressão sistêmica em alguns casos. O objetivo é a melhora progressiva e gradual da visão, mas dificilmente atingindo um nível de normalidade.
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