Na verdade, o nome correto é Síndrome do Olho Seco, pois é uma condição com diversas causas e sintomas. Ela é uma das doenças mais comuns que afetam os olhos, tendo uma prevalência de 5 a 50% da população e aumentando com o envelhecer. De forma resumida, é quando a lagrima não consegue manter o olho lubrificando e assim surgem sintomas por lesões na superfície do olho. É uma associação de falta de lubrificação com um processo inflamatório. Como a córnea é cerca de 300 vezes mais sensível que a pele, qualquer irritação no olho gera grande desconforto.
Para entendermos os tipos de olho seco, primeiro é importante entender que a lagrima é composta por três camadas, uma de mucina, uma de água e outra de lipídios. Existe basicamente três tipos de olho seco:
2. Olho Seco por Deficiência Aquosa: É o tipo de olho seco no qual a quantidade de lágrima está reduzida, assim reduzindo a lubrificação ocular. É muito associado com doenças reumatológicas, como a Síndrome de Sjögren.
3. Olho Seco Misto: É a associação do olho seco evaporativo com a deficiência aquosa. Muito com em pacientes com Síndrome de Sjögren que também possuem blefarite ou outras doenças das pálpebras.
Parece fácil sabermos que temos olho seco, mas na realidade não é. Existem muitas doenças oftalmológicas que podem ter sintomas parecidos com o olho seco, como alergias, infecções, entre outros. Inclusive pode-se tratar um olho seco quando na verdade existe outra doença mais séria a ser tratada. O exame oftalmológico com um médico especialista em olho seco é fundamental para o diagnóstico correto. O oftalmologista realiza diversos testes para verificar a qualidade e a quantidade da lágrima, entre eles:
– Teste de Schirmer: Através de uma fita milimetrada colocada na borda palpebral durante 5 minutos, conseguimos medir a quantidade de lagrima produzida pelo olho. O normal é preencher 10 mm da fita em 5 minutos.
– Tempo de Quebra do Filme Lacrimal (BUT – Break Up Time): Utilizando um colírio corante especial (Fluoresceína), conseguimos medir quantos segundos a lagrima demora para evaporar dos olhos. O normal é demorar mais que 10 segundos.
– Coloração da superfície ocular: Usando colírios corantes especiais (Fluoresceína ou Rosa Bengala), conseguimos avaliar a superfície do olho (córnea e conjuntiva) e evidenciar locais de sofrimento ou com lesões causadas pelo olho seco.
Além dessas avaliações clássicas, existem testes mais modernos para avaliação de olho seco. Com a evolução científica e tecnológica dispomos de novos aparelhos para diagnóstico e acompanhamento dos pacientes com olho seco. Entre eles temos o Idra, um aparelho que faz uma análise detalhada da superfície ocular. Ele realiza a medida do menisco lacrimal, avaliação infravermelho das glândulas de meibomius, medida não-invasiva do tempo de quebra do menisco lacrimal, análise da qualidade do piscar, interferometria da camada lipídica, entre outros. Também existe o Teste de Osmolaridade, realizado através da coleta de uma gotícula de lagrima com uma fita especial, conseguimos medir a osmolaridade da lagrima que tem grande correlação com o olho seco.
Os principais fatores de risco para o olho seco são:
Como tratar o Olho Seco?
Existem diversos tratamentos para o olho seco. O importante é entender que o olho seco é uma doença crônica, ou seja, dificilmente teremos uma cura completa dos sintomas. Contudo, é possível alcançarmos um alívio grande dos sintomas e uma melhora na qualidade de vida. O tratamento depende do tipo de olho seco, por isso o diagnóstico correto é fundamental. Além disso, depende da gravidade do mesmo.
Casos iniciais podem ser tratados com lubrificantes oculares e modificações no estilo de vida. Casos leves podem precisar de pomadas lubrificantes, antibióticos e higiene palpebral. Casos moderados já podem necessitar de colírios anti-inflamatórios ou imunomoduladores ou até algum procedimento cirúrgico, como oclusão dos pontos lacrimais. Existem ainda casos graves que precisamos usar lentes de contato especiais (lentes esclerais), recobrimento conjuntival, transplante de glândulas salivares, entre outros.
O tratamento do olho seco também evoluiu e hoje dispomos de novas tecnologias, como a Luz Intensa Pulsada (IPL – intense pulsed light). Esse tratamento teve origem na dermatologia para rosácea e outras condições e passou a ser usado na oftalmologia para o olho seco. Possuiu grande efetividade, com 85% dos pacientes referindo algum grau de melhora após o tratamento, melhora essa que varia de leve a intensa. O tratamento constitui de 3 sessões indolores de aplicação com duração de aproximadamente 10 minutos cada. Esse novo tratamento está indicado em praticamente todos os graus de olho seco. É muito importante sempre ser avaliado por um especialista, pois o sucesso do tratamento depende de um diagnóstico correto e da melhor escolha das opções de tratamento.
Os comentários e depoimentos dado pelos clientes, seja positivos ou críticas construtivas, auxiliam no processo de melhoria.
Os comentários e depoimentos dado pelos clientes, seja positivos ou críticas construtivas, auxiliam no processo de melhoria.
Acompanhe os principais artigos sobre Olho Seco em meu Blog.
Automated page speed optimizations for fast site performance